Itararé
Como chegar: Para ir até Itararé, saindo de São Paulo, é preciso acessar a SP-280 (Rodovia Castello Branco) até a saída 78; a SP-075 (Rodovia José Ermírio de Moraes) até a saída 7-B; a SP-091/270 (Rodovia Celso Charuri); a SP-270 (Rodovia Raposo Tavares); a SP-127 (Rodovia Francisco da Silva Pontes) até a saída do km 213-A e a SP-258 (Rodovia Francisco Alves Negrão).

História
Itararé situa-se em uma área conhecida como Campos de São Pedro, que vai do rio Verde até o rio Itararé, que dá o nome ao município.
Itararé em tupi-guarani significa “pedra que o rio cavou”, pois o rio Itararé corre em um leito rochoso que foi sendo desgastado pela correnteza formando altos paredões, grandes cachoeiras e belas grutas.
Inicialmente habitado por índios Guainazes, tornou-se ponto conhecido de bandeirantes, exploradores, jesuítas e estudiosos, firmando-se como um dos pontos de descanso dos tropeiros que convergiam do sul levando animais para a feira de Sorocaba pelo conhecido Caminho das Tropas.
A Barreira de Itararé, é o ponto onde o rio se estreita e suas margens se unem, o que fornecia aos viajantes uma passagem natural, evitando um rio caudaloso e perigoso de atravessar. O rio foi estabelecido como divisa entre as vilas de Sorocaba e Curitiba, então Quinta comarca de São Paulo, que com sua emancipação em 1853, tornou Província do Paraná, passando o rio Itararé a ser a divisa.
A organização do município teve início em 1725 com a doação de 3 sesmarias com o propósito de povoamento e desenvolvimento da agricultura e criação. As 3 propriedades acabaram na mão de um mesmo dono, que registrou a propriedade como “Fazenda de São Pedro” em 1836. Com o desmembramento constante da propriedade, no ano de 1879 um dos fazendeiros constrói uma capela no ponto de maior aglomeração, à margem do riacho da “Prata”, elevando seu status para povoado.
De passagem a caminho do sul, o naturalista e historiador, Auguste de Saint-Hilaire, registra em seu livro a situação do povoado, o encontro do riacho da “Prata” com o rio Itararé e até mesmo a existência de índios bárbaros que atacam fazendas próximas à mata.
Seguindo o mesmo caminho de Auguste de Saint-Hilaire, o célebre naturalista francês, Jean Baptiste Debret fez uma aquarela da ponte de madeira que existia sobre o rio Itararé, retratando a dificuldade em se atravessar com os animais na estreita ponte.
No dia 10 de março de 1885 torna-se Freguesia, em janeiro de 1891 torna-se Curato e 3 de fevereiro de 1891 torna-se Distrito de Paz. Com a lei nº 197 de 28 de agosto de 1893 , decretada pelo congresso legislativo do estado de São Paulo, cria-se o Município de São Pedro de Itararé, desvinculando-o do município de Itapeva (da Faxina). Em 31 de outubro do mesmo ano e feita a primeira eleição para a Câmara Municipal. No dia 8 de dezembro de 1897 passou a ser Paróquia. O prefeito só passou a surgir em 1908, sendo eleito anualmente pelos vereadores. Finalmente, pela lei nº 1887, de 8 de dezembro de 1922 foi definida como Comarca, contudo a cerimônia de instalação deu-se somente em 26 de fevereiro de 1923.
Durante a Revolução de 1930 quando Getúlio Vargas partiu de trem rumo a capital federal (então Rio de Janeiro), esperava-se que ocorresse uma grande batalha em Itararé, que não ocorreu pois a cidade acolheu Getúlio na estação ferroviária, permitindo sua entrada no Estado de São Paulo, e os militares depuseram o presidente Washington Luís em 24 de outubro daquele ano.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma das frentes de batalha, quando os paulistas consideravam que São Paulo estava sendo tratado como terra conquistada, sendo governada por tenentes de outros estados e sentiam, segundo eles, que a revolução de 1930 fora feita contra São Paulo.
Cercado pelo verde da Mata Atlântica, o município de Itararé está no sudoeste do estado de São Paulo como integrante da Região Administrativa de Itapeva, fazendo divisa com o estado do Paraná e distante 345 km da Capital. Privilegiada por uma beleza natural praticamente intocada, e com uma população estimada, pelo IBGE/2020, em 50.642 pessoas, oferece um leque de atividades voltadas para o Ecoturismo e Turismo de Aventura por inúmeras trilhas e diversos pontos para a prática de boia cross, mountain bike e rapel.
Atrativos turísticos
Trilha do Segredo, Cachoeira do Corisco e o famoso cânion do Jaguaricatú. Considerado uma das paradas obrigatórias na região, ele fica entre o município paulista e a cidade de Sengés, no Paraná e é classificado como o oitavo maior cânion do mundo. Por isso Itararé faz parte da Região Turística dos Cânions Paulista e como conseqüência, toda região sul de São Paulo é conhecida como Circuito Turístico dos Cânions. Vale explicar que cânions e serras são originários da formação Geológica Furnas, uma formação geológica da Bacia do Paraná.
Experiência, preparo físico e espírito de aventura são qualidades fundamentais para quem procura, por exemplo, a Trilha do Segredo na cidade de Itararé. Uma caminhada que começa próxima ao Rio Três Barras, com um percurso médio de 24 km de ida e volta e percorre uma área conhecida por pescadores e trilheiros. Bom saber que o rio da Cachoeira do Segredo desce das terras paranaenses pelo paredão de 60 m e deságua no Rio Itararé na divisa com São Paulo. Seu acesso é possível somente pelo lado paulista e mais alguns quilômetros de caminhada a visão fica por conta da deslumbrante Cachoeira do Corisco. Tem mais: a cavalgada é uma tradição histórica da região desde a época dos antigos tropeiros que vinham do Sul do país. Costume bem difundido no local, as cavalgadas acontecem em todas as épocas do ano favorecidas pela presença das áreas rurais e as belas paisagens de cânions e serras, que sempre encantam os participantes.
Passeando pela natureza de Itararé que é Município de Interesse Turístico – MIT, desde 2018, há muitas grutas subterrâneas no Rio Itararé, na divisa de São Paulo com o estado do Paraná. Através da mata que recobre uma grande extensão do seu curso, nota-se o escachôo (água que cai) maravilhoso desse fabuloso rio que vem perfurando as profundezas das rochas, numa erosão subterrânea que se prolonga por grande extensão, do Vale do Corisco à Gruta da Barreira. Tem mais: Parque Ecológico da Barreira, Gruta da Barreira, Gruta da Santa ou simplesmente Barreira, como é popularmente conhecida, destaca-se pela peculiar biodiversidade, recursos naturais, fendas, cascatas, poços esculpidos pelas águas e o espetáculo proporcionado pela revoada das andorinhas no final da tarde, quando retornam para o abrigo dos paredões rochosos, onde se encontram seus ninhos.
As opções são muitas, como mostra o Rio Verde, um dos rios mais conhecidos da região cujo nome deriva da sua coloração esverdeada devido às rochas calcárias do seu leito. Sua nascente fica no município de Itararé em uma altitude de 1000m em área de preservação estadual e percorre um longo trecho por áreas protegidas e particulares de reflorestamento de pinus e eucaliptos. Suas corredeiras leves, poços e “panelas” são perfeitos para o lazer e descanso, além da prática do boia cross. Já em relação aos mirantes a cidade, o Morro Chato alcança a altitude de 800m e por estar numa área isolada permite uma boa visão panorâmica. O local possui infraestrutura para alimentação com comida caipira e um delicioso café. Em tempo: este morro foi ponto de observação e orientação durante a Revolução de 32, um marco importante na história brasileira.
Fonte: https://itarare.sp.gov.br/
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